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  • 09/05/2025 09:23

Na 1ª Sessão após prisão de prefeito e vice, vereadora dispara: CANALHAS

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Com forte pressão popular, oposição inflamada e recorde de público nas redes sociais, Presidente da Câmara de Canoinhas promete abrir os processos de Impeachment de Beto Passos e Pike.

O quarteto fantástico, como ficou conhecido o grupo de vereadores de oposição ao Governo de Beto Passos e Pike, não economizou nas palavras na sessão desta segunda-feira, 04. Foi a primeira desde que os prefeito e vice foram presos acusados de estarem envolvidos num escândalo de corrupção contra os cofres públicos no Planalto Norte Catarinense. "Canalhas, porque é isso que eles são", disse Juliana Maciel, vereadora pelo PSDB, ao usar a tribuna.

A sessão foi marcada por discursos inflamados e foi acompanhada por um recorde de público nas redes sociais. A pressão da casa cheia e a imagem negativa que os vereadores governistas colecionaram após as prisões, fizeram com que o presidente da casa, Gilmar Martins, o Gil Baiano (PL), prometesse pautar os processos de cassação já na próxima sessão. O fato foi aplaudido pelo público que lotava a Câmara de Vereadores de Canoinhas.

Os vereadores governistas silenciaram durante a sessão, não se manifestando sobre as prisões, ou se quer, comentando a Operação Et Parte Filium realizada pelo Ministério Público de Santa Catarina.

O Dr Renato Faria, promotor de justiça, um dos responsáveis pela investigação, foi homenageado com uma longa salva de palmas e gritos de seu nome. O momento ocorreu durante pronunciamento do vereador Marcos Homer (PODEMOS).

                Já ao final da sessão, ao comentar um projeto de lei que pretende aumentar a fiscalização nas secretarias municipais, Maciel lembrou que o prefeito em exercício, Willian Godoy (PSD), pediu desculpas nominalmente a ela, às vereadoras Tati Carvalho e Zenilda Lemos e ao vereador Marcos Homer por não ter dado atenção as denúncias que eram apresentadas pelo quarteto: "deveria pedir desculpa para o povo, nossa parte a gente fez", finalizou.

                Confira o que falou cada um dos vereadores do Quarteto Fantástico. Os quatro foram muito aplaudidos pelo público presente.

 TATI CARVALHO - MDB

"Nós vimos um misto de escuridão e luz (...) a corrupção mata. O quanto poderia ter sido investido em educação, em estradas no interior, quantos projetos poderiam ter sido feitos para tirar os jovens das ruas, quanta coisa poderia ter sido feita na causa animal", indagou. "É muito triste pra toda nossa população isso que aconteceu", referindo-se aos supostos crimes de corrupção. "Durante muito tempo nós - da oposição - fomos motivo de chacota em rádio, eu fui chamada de Tati Cachorro, fomos chamados de falsos moralistas, de arruaceiros porque defendíamos os professores (...) em muitas vezes deu vontade de desistir, mas não desistimos porque temos a nossa obrigação de estar aqui, trabalhando por Canoinhas e contra a corrupção, independente de quem esteja no governo", em tom de desabafo.

JULIANA MACIEL - PSDB

"Não foi surpresa, porque muita coisa que apareceu nessa denúncia, faz mais de um ano, que um grupo de vereadores, que nadava contra a maré nessa casa de leis, brigava, discutia, fiscalizava, e por muitas vezes denunciou muitas daquelas coisas que foram, então, convertidas, na prisão de Beto Passos e Pike", ao comentar a operação do MPSC. Ao tentar nomear os vereadores que fizeram oposição ao seu lado, se emocionou, já chorando disse: "a emoção toma conta, porque nós quatro sabemos o que a gente passou". Ela convidou o público a pensar na cifra de R$ 60 milhões de reais, valor que foi apurado pelo MPSC como suposto recurso desviado: "se vocês dividirem pelo tempo de mandato desses dois CANALHAS, porque é isso que eles são, a gente vai ter mais de 1 milhões de reais por mês, de dinheiro público, é um mês de trabalho sujo, de gente que entrou na política, pra encher os bolsos e pra fazer corrupção", mais uma vez denunciou. E depois se comprometeu a continuar o trabalho que já vem fazendo na câmara: "a gente não vai deixar que a história de Canoinhas seja posta a prova. De um povo honesto, de um povo trabalhador, de um povo acolhedor, porque nos temos aqui na nossa terra um canoinhense que é apaixonado por ser canoinhense e nós vamos lutar por essa terra. Se tem uma coisa que eu não sou, é covarde", finalizou ao referendar os pedidos de cassação que deram entrada na casa.

MARCOS HOMER - PODEMOS

"A gente não montou um grupo pra bater em ninguém, nós montamos um grupo para se apoiar, porque a gente sabia que quando o ultimo de nós caísse, Canoinhas caia junto". Ao destacar de o porquê nesta sessão estava vestido de terno e gravata, o vereador justificou: "nós quatro só se sentimos vereadores essa semana". Ao relembrar das acusações que sofreram lembrou que "criou-se um gabinete do ódio, que envolvia mídia, que envolvia imprensa, que envolvia pessoas pagas com o seu dinheiro pra difamar nós em redes sociais, releases saia diretamente do gabinete para diminuir nosso trabalho, e eu fico muito feliz de ver essas pessoas que achavam nosso trabalho vexatório ter recebido a visita numa terça de manhã de um Focus Prateado", ao se referir ao carro que levou os mandados de prisão emitidos para a operação Et Parter Filium.

ZENILDA LEMOS - MDB

Zenilda procurou não repetir o que os colegas já haviam dito, mas, emocionada, também discursou sobre a dificuldade em fazer oposição ao governo Passos nestes um ano e três meses pelo qual passa o seu mandato. Ao questionar o silêncio dos colegas quando cobravam uma fiscalização mais intensa, disparou: "OU FAZEMOS A COISA POR INTEIRO, OU O VEREADOR TEM QUE PEDIR SUA RENÚNCIA". Ela também se utilizou de um ditado popular para alertar os que fecham os olhos para a corrupção: "a minha mãe dizia: pior cego é aquele que não quer ver". E terminou mandando um recado para aqueles que falavam que a oposição queria fazer barulho para ganhar palco e mídia: "se denunciar e fiscalizar é dar show: senhoras e senhores, o espetáculo vai continuar", prometeu.

 

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